Uma das principais questões da sociedade atual é a falta de participação das pessoas nas decisões que envolvem o local onde moram. A participação popular em assuntos da administração pública não é proibida, muito pelo contrário, ela é encorajada de diversas maneiras, como consultas e audiências públicas, plebiscitos, referendos etc.
Porém, para muitos, o exercício da cidadania e, principalmente, o cumprimento dos deveres só é realizado a cada dois anos, quando elegem seus representantes no legislativo e no executivo.
Essa situação também impacta no trabalho dos gestores públicos, que por muitas vezes têm dificuldade em engajar o cidadão a participar de pequenas (ou grandes) decisões ou consultas, que serão muito benéficas para o município. Contudo, algumas ações e táticas de servidores ao redor do mundo têm dado muito certo para motivar o cidadão a participar das decisões e cumprir os seus deveres com a sua cidade.
Neste artigo estamos trazendo o conteúdo divulgado pelo blog Apolitical para apresentar algumas formas de engajar a população. Você pode ler o artigo original aqui.
1. Incentivos financeiros
Se tem uma coisa que nos motiva a fazer algo, é receber algum tipo de recompensa em troca, principalmente se essa recompensa vier em dinheiro ou com uma oportunidade de ganhar dinheiro.
Sabendo disso, a cidade de Londres usou loterias para incentivar as pessoas de um grupo a se registrarem para votar (lá o voto não é obrigatório como no Brasil), o que aumentou o número de eleitores em 4%, se comparado aos grupos sem incentivo algum.
Os incentivos também podem ser negativos, como a aplicação de multas caso a pessoa não cumpra determinado dever. No Brasil, se a pessoa não votar nas eleições e não justificar sua ausência, deverá pagar uma multa. Caso não pague, ficará impedida de se inscrever em concursos públicos, tirar RG ou passaporte, dentre outras penalidades.
2. Mostrar ao cidadão sua importância
Uma outra tática utilizada é trabalhar a auto imagem do cidadão, valorizando-o e fazendo com que se sinta importante e não “apenas mais um” (até mesmo porque ele não é só mais um).
Às vezes, apenas a substituição de palavras fazendo com que a pessoa seja reconhecida como cidadão já influencia positivamente nos resultados.
Além disso, as pessoas tendem a desejar uma imagem positiva, nem que seja somente para si próprias, de modo que esse é um outro artifício de convencimento muito eficaz.
Um estudo realizado pelos EUA mostrou que as pessoas eram mais propensas à votação se fossem caracterizadas como “eleitores” e davam menos valor quando questionadas se iam “votar”.