Hoje vim falar sobre um tema que tem ganhado os holofotes nos últimos tempos: a bancarização e as multi tarefas de aplicativos. No mês passado, o Whatsapp anunciou que será possível realizar pagamentos e transferências através do app de troca de mensagens. Para o verdinho, já não é mais suficiente ser somente rede social com stories, fazer ligações e videochamadas, além das mensagens.
O Brasil será o primeiro país que receberá essa nova funcionalidade através de uma parceria do Facebook (que é o dono do Whatsapp e de mais um monte de apps) com a Cielo, líder de pagamentos eletrônicos na América Latina.
Essa funcionalidade já é explorada através dos apps de bancos tradicionais e de bancos digitais, como o Nubank, mas era bastante cobrada pelos usuários do Zap.
O megazord chinês
Se você pesquisar um pouco mais sobre o assunto, vai ver que essa funcionalidade de pagamentos já existe desde 2018 no WeChat, um aplicativo chinês que além de servir para troca de mensagens, se transformou em um “megazord” e tem mais funcionalidades que qualquer outro app desse tipo.
Para se ter noção, os quase 1 bilhão de usuários do WeChat conseguem utilizá-lo para passar por consultas médicas, comprar qualquer produto – sério, dá até pra comprar um carro -, pedir um táxi ou carro particular, pedir comida, reservar pacotes de viagem, namorar (tem uma espécie de Tinder dentro dele), acompanhar fanpages e ainda por cima é uma rede social.
O Wechat também possui um módulo de ID, que armazena as informações dos documentos dos usuários e permite que eles usem o app como um documento de identificação oficial. E sabe o que é mais impressionante? O governo chinês acompanha tudo de perto e aprova as ações do aplicativo – é importante salientar que aqui existiria uma séria discussão sobre privacidade das pessoas, mas que em uma ditadura como a chinesa isso não pode sequer ser questionado. #medo