Democratizar os projetos governamentais faz parte de engajar a população civil para um sistema público fortalecido, onde eles integram a tomada de decisões coletivas, além de promover aos cidadãos uma maior consciência política e a cultura de participação, já que as principais pautas públicas retornam para a própria parcela impactada que participa do andamento do projeto em questão.
Já discorremos sobre esse assunto com a Priscila Borges em seu artigo Boas práticas de participação social na Gestão Pública, onde são destacados projetos e desafios a serem enfrentados sobre o assunto.
“Pensar em um sistema híbrido que una as formas tradicionais de participação com as diversas plataformas inovadoras que têm sido criadas — o Colab é um excelente exemplo — é fundamental para avançar nesse tema” comenta a cientista política.
No relatório acima, divulgado recentemente pelo portal Apolitical, os resultados apontam para um rumo muito promissor quando o assunto é gestão participativa. Vale destacar na íntegra quais são os principais interesses do relatório:
- Equidade, transparência e comunicação são considerados pelo IGP como os três componentes centrais de um sistema eficaz de engajamento;
- Facilitar a participação do público na tomada de decisão através de acesso a informação oferecida pelo governo, com opções tecnológicas como sites, aplicativos ou vídeos;
- Para se ter um sistema de engajamento saudável é preciso ter uma equipe cívica dedicada ou um departamento específico para que o engajamento aconteça.
A iniciativa é apoiada pela Fundação Robert Wood Johnson, que mostra através do programa Democracias Mais Saudáveis formas de aumentar o engajamento de projetos governamentais participativos dos Estados Unidos, mas que pode facilmente ser adaptado para a prática no Brasil.