De acordo com Djamila Ribeiro, ganhadora do prêmio Jabuti – Ciências Humanas, e autora do livro Pequeno Manual Antirracista,
“A ausência ou a baixa incidência de pessoas negras em espaços de poder não costuma causar incômodo ou surpresa em pessoas brancas”.
Essa frase é o início de uma longa conscientização sobre o tema antirracismo e um combustível para gerar a transformação dentro da esfera pública.
O Brasil tem a maior nação negra fora da África, dado que deveria ser “gatilho” para pessoas brancas se chocarem com a realidade atual. Djamila destaca em sua publicação que as pessoas brancas deveriam refletir sobre os privilégios que acompanham sua cor.
“Isso é importante para que privilégios não sejam naturalizados ou considerados apenas esforço próprio. […] Ainda que uma pessoa branca tenha atributos morais positivos — por exemplo, que seja gentil com pessoas negras —, ela não só se beneficia da estrutura racista como, muitas vezes, mesmo sem perceber, compactua com a violência racial”.
A luta racial não é uma característica somente dos brasileiros, trata-se de um cenário mundial. Pensando nisso, a Equipe de Insights Comportamentais (Behavioural Insights Team), também conhecida como A Unidade Nudge, foi fundada em 2010 com o propósito de desenvolver soluções sustentáveis para desafios políticos, utilizando uma abordagem de insights comportamentais no enfrentamento dos principais problemas políticos com o uso de testes de implementação.
O trio de colaboradores formado por Sebastian Salomon-Ballada, Michelle Krieger e Lila Tublin, trabalha para melhorar a vida das pessoas e das comunidades, criando parcerias com todos os níveis de governo, organizações internacionais e organizações da sociedade civil.
Em artigo divulgado recentemente pelo Apolitical, eles abordam práticas e ideias baseadas em evidências que podem auxiliar gestores públicos a promoverem o antirracismo.