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Ciência Comportamental e políticas públicas: iniciativas da Prefeitura de Niterói para melhorar a tomada de decisão das pessoas

30.11.2023
Autor: Colab
governo

É crescente a quantidade de governos que se valem dos princípios, metodologias e ferramentas da Ciência Comportamental para atingir os objetivos de suas políticas de forma mais efetiva. Os gestores “arquitetos de decisões” buscam compreender a complexidade do comportamento humano e a forma como as pessoas tomam decisões em seu cotidiano, a fim de formular políticas de incentivos, não financeiros, para que os cidadãos tomem, em plena liberdade, boas decisões. 

Mas como as pessoas tomam decisões?

Em meados do século XX, o economista Herbert Simon propôs um novo paradigma para compreendermos como as pessoas se comportam, que contrastava com o conceito de homo economicus da Economia Clássica. De acordo com seus estudos, o ser humano disporia de uma racionalidade limitada, tendo em vista a complexidade do contexto da tomada de decisão na vida real. 

Após a virada do século, o psicólogo e cientista comportamental, Dan Ariely, promoveu mais avanços nessa discussão. Segundo o autor, é uma ilusão pensarmos que temos amplo controle sobre o nosso processo decisório. A maioria das nossas decisões seria tomada de forma irracional e essa irracionalidade ocorreria de maneira regular, ou seja, seria possível prever a ocorrência de decisões irracionais e atuar para evitá-las.

Foi essa evolução de estudos e achados nos campos da Economia e da Psicologia que impulsionou a ideia de “Paternalismo libertário”, termo cunhado pelos americanos Richard Thaler e Cass Sunstein, que fundamenta uma das principais ferramentas da Ciência Comportamental, a metodologia “Nudge”. Por um lado (paternalismo), seria legítimo que gestores públicos (arquitetos de decisão) buscassem influenciar o comportamento das pessoas para que elas façam escolhas que melhorem suas vidas. Por outro (libertário), esse movimento reforça que as pessoas devem ser plenamente livres e não podem ter sua liberdade de decisão tolhida por organizações públicas ou privadas. 

Os governos, portanto, podem desenhar ações públicas que incentivem a tomada de decisões para o bem das pessoas.

Autor: Colab

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