Considerado o último levante armado do Brasil, a Revolução Constitucionalista de 1932 é um evento histórico celebrado no dia 09 de julho na capital paulista, palco central do conflito entre a insatisfação da elite paulista e as pressões do governo de Getúlio Vargas.
A data foi sancionada pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso na Lei nº 9.093, de 12 de setembro de 1995, que determina a data magna do Estado como um feriado civil para o município do Estado de São Paulo.
Porém, para entendermos o motivo, precisamos saber quais foram as consequências que a Revolução de 1930 deixou para construir um cenário propício e permitir que essa revolta popular acontecesse. De forma resumida, as autoridades de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba uniram as forças armadas contra o então governo de Washington Luís, representante dos interesses das autoridades de São Paulo, a nível nacional.
Durante anos, esse desconforto gerou uma troca de sucessões, fraudes e armadilhas políticas até chegar na Era Vargas (1930 – 1945), a qual está diretamente ligada à ascensão política de Getúlio Vargas e seu cargo de presidente do Brasil, após Washington Luís impedir a posse de Júlio Prestes.
A posse de Vargas foi executada como um Governo Provisório, anulando a Constituição de 1891 e iniciando diversas transformações no país, com a intenção de fazer parte de um novo projeto político, com foco na centralização do poder.
Seu projeto defendia as oligarquias (autoridades) que apoiavam a sua ascensão de reestruturação da democracia e a limitação de poder da União, dando assim maior autonomia aos estados. Porém, na prática, aconteceu de forma diferente.
As medidas que Vargas havia imaginado para acalmar os demais opositores — neste caso, as autoridades de São Paulo — teve um choque de ações do governo que nomeou 5 militares diferentes no período de 2 anos para a mediação paulistana ao invés de uma figura civil e paulista.
Muitas pautas de grande relevância foram implementadas na Era Vargas, o que desagradou os paulistas, vale destacar:
- Trocas constantes de governador do Estado de São Paulo, ocupados por militares;
- Formação de Assembleia Constituinte para uma nova elaboração constitucional nos moldes do governo;
- Criação do Conselho Nacional do Café, o que retirou o protagonismo do estado de maior produtor de café.