Já imaginou ter que passar horas na fila do seu colégio eleitoral para chegar sua vez e falar o voto em voz alta para todo mundo ouvir? Ou indo até a mesa e assinalando no papel qual o seu candidato para presidência e o vice (que podiam ser de partidos diferentes)?
Até quase metade do século passado, o voto era aberto e não secreto. Depois, em 1955, na eleição vencida por Juscelino Kubitscheck , surgiu a primeira cédula eleitoral oficial.
Quando o período de votação se encerrava, as equipes ainda precisavam de horas e mais horas para contar todos os votos e esse processo atrasava os resultados. Por sorte, houve a criação da urna eletrônica e essa inovação surgiu para facilitar a vida dos eleitores e mesários nos dias de eleição.
Neste artigo vamos falar sobre a urna eletrônica e como ela revolucionou o nosso jeito de votar.
Como surgiu a Urna Eletrônica?
No interior de Santa Catarina, o juiz Carlos Prudêncio teve uma ideia revolucionária para a época: usar um computador para auxiliar nas votações. Como toda ideia inovadora, essa não foi bem recebida na época e o Tribunal Regional Eleitoral do estado a vetou. Entretanto, eles não contavam com a persistência do juiz.
Com a ajuda do irmão, que na época era dono de uma empresa de eletrônicos, ele fez um MVP da urna eletrônica e o testou fora do período eleitoral.
Quando as eleições presidenciais de 1989 chegaram, todo o país olhou para a cidadezinha de Brusque, no interior de Santa Catarina, que conseguiu apurar seus votos antes de todas as outras cidades do país usando a invenção de Carlos Prudêncio. Como o sistema não era oficial, houve uma recontagem de votos usando o método tradicional e, surpreendendo a todos, o resultado foi igual ao da invenção.
Contudo, foi só em 1994 que o TSE resolveu investir recursos para aprimorar a ideia e implementá-la em todo país.